Ando apaixonada por poesias e sonetos...claro que não é uma paixão em vão, já que tenho visto muita literatura no curso de Letras...não estou deprê nem nada, mas estou curtindo muito a poesia de Florbela Espanca...não é uma paixão nova, já que há anos curto os seus versos...mas tenho prestado mais atenção nela ultimamente, com uma admiração ainda maior...talvez seja pelo fato dela ser uma revolucionária, libertina, acima do seu tempo...talvez seja pela sua facilidade em expressar suas mágoas em sonetos (coisa que só os bons conseguem fazer devido à complicações de métricas, rimas, etc...), talvez porque ela consiga ser simples, alegre e triste ao mesmo tempo, talvez porque admiro sua coragem em se mostrar...enfim...motivos não me faltam...um brinde àquela que "nem é FLOR nem é BELA, é ESPANCA"...

Eu...

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou a crucificada...a dolorida...

Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impede brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!

Florbela Espanca

Um comentário:

Luisana Gontijo (Lu) disse...

Bom demais ver letras novas por aqui! E principalmente falando sobre poemas, versos, Florbela Espanca... Tudo de bom, menina!!! Passo sempre por aqui! Beijo!