Subo neste altar “viver”
Então respiro e aceno para todos lá de cima...
Sinto uma leveza, uma brisa gostosa...
retorno à terra e ao pousar não me dói o peso de viver...
Não me doem as angústias, os dias de chuva, os dias de calor ardido, os dias de discórdias, os dias de glórias, a música do tempo...
Então retorno aos meus afazeres, às minhas preocupações e sou outra. Sou novinha em folha, sou bela, sou “sins”, “sou nãos” e sigo assim...me amando...
“A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E a outra a tudo o que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é o de saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.
A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direção de meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas”. Fernando Pessoa
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