Recebi há alguns dias um e-mail chamado “Aos amigos de buteco”, nele foram destacados milhares de motivos para freqüentarmos um bar e não uma academia...e ele sai listando: “Existem mais bares do que academias. Logo, é mais fácil encontrar um bar no seu caminho”; “No bar, todo mundo está alegre. É o lugar onde a dureza do dia-a-dia amolece no primeiro gole de cerveja. Na academia, todo mundo fica suando, carregando peso, bufando e fazendo cara feia”; “No bar, você pode dividir um banco com outra pessoa do sexo oposto, oudo mesmo sexo e problema é seu, já na academia, dividir um aparelho dá até briga”, entre outras justificativas o email finaliza dizendo: “Você já fez amizade com alguém bebendo Gatorade???Então!!!! Todo mundo pro buteco!!!”
O fato é que, embora as comparações entre um ambiente e outro arrancam boas risadas, o que mais me impressiona mesmo em um bar é a capacidade de unir as pessoas. Sim, não é só casamento que une não. No bar, conquistamos amizades mais duradouras e fiéis que até mesmo os casamentos.
No bar, ora as coisas são ditas, ora cuspidas, ora desabafadas, ora explicadas, ora choradas, ora engraçadas...
Através do bar, várias talentos ficam visíveis e é onde os poetas se inspiram, os escritores denotam, os jornalistas descrevem, os músicos tocam, os mal-pagos reclamam, os bem-pagos se assanham, os pedintes descobrem formas criativas de conseguir trocados...
E a confiança conquistada nos bares? Almoçamos na casa do dono do estabelecimento, jantamos na casa dos garçons, fazemos churrasco na casa do cara que dividia o balcão...
Agora, nada se compara às comemorações realizadas num bar, sempre mergulhadas num copo de cerveja... num bar comemora-se de tudo ou mágoas são afogadas – a carteira de motorista recém-tirada ou recém-perdida, o casamento marcado e o desfeito, o início do namoro e o fim, emprego novo ou o desemprego, o primeiro filho ou o quinto, o, a casa-própria ou o despejo, o carro novo ou a bicicleta, o aniversário ou a morte...
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